segunda-feira, 11 de abril de 2011

Máscaras egípcias

          
           
            As crenças dos antigos egípcios não eram concentradas apenas em seu cotidiano, mas também na perspectiva da vida após a morte. Crendo neste tema como seu principal ideal de caráter religioso, os egípcios utilizavam da arte para melhor expressarem suas idéias sobre tal tema, como por exemplo, o embalsamento dos corpos de seus principais faraós e reis. Mas iremos melhor detalhar, neste blog, a arte usada por tais egípcios para preservar o rosto de seus faraós, as máscaras.  

Os egípcios acreditavam que preservar o corpo na morte pelo processo de mumificação era importante para manter sua alma em vida - sem um corpo físico a alma não tinha lugar para morar -. As antigas máscaras mortuárias egípcias foram usadas ​​para cobrir o rosto de múmias e assegurar que o espírito da pessoa morta fosse capaz de reconhecer o corpo.  Máscaras mortuárias eram feitas de linho ou papiro e pintado para parecer ouro.  A finalidade das máscaras da morte, sepultamento ou máscaras, era fornecer os mortos com o rosto na outra vida. máscaras mortuárias foram feitas para homens e mulheres egípcias.

              Os antigos egípcios também faziam uso de máscaras durante cerimônias e rituais sagrados. A religião dos antigos egípcios era extremamente importante para eles e tocou todos os aspectos da sua vida. Templos foram considerados as moradas dos deuses e as estátuas dos deuses eram consideradas como a reencarnação do deus, daí a oferta de alimentos e bebidas. Sua religião era cercada de mistério - só os sacerdotes e o faraó tinham permissão para entrar nos templos. Sua religião também foi cercada pela magia. Sua visão do sub-mundo foi aterrorizante. A necessidade de introduzir o “pós-vida eterna” era primordial. máscaras egípcias foram utilizados durante as cerimônias e rituais sagrados e aumentou os níveis místicos e do medo que cercava sua religião. Os rituais da morte dos egípcios incluíram um sacerdote usando uma máscara de chacal,  representando o deus Anúbis. Outras máscaras, refletindo as imagens de outros deuses e deusas, também foram utilizados em rituais de magia, feitiços e encantamentos.

            Essas máscaras eram grandes, sendo mais alto que a cabeça do usuário. Elas eram usadas ​​sobre a cabeça e cobriam parte dos ombros do sacerdote. O focinho e orelhas levantadas da cabeça do chacal eram erguidas sobre a cabeça deles. Mas a utilização dessas máscaras de rituais da morte com a feição de Anúbis, o deixaram com um caráter ruim para aquela época, distorcendo assim a imagem que os egípcios tinham dele.
       

segunda-feira, 4 de abril de 2011

HISTÓRIA DA MÁSCARA

          A palavra máscara, inicialmente de origem italiana, designava uma criação fantástica, feiticeira e associada a manifestações diabólicas e em torno de um mistério; daí se tenha tornado com o Carnaval um tema de divertimento. Durante muito tempo, foi exibida entre o oscilar do satírico e do sagrado, do terror e da irrisão, da verdade e da ilusão, da ameaça e da hilariedade.
          O uso que dela se fez no Egipto, em Atenas ou em Roma, bem como as funções que ela assumiu nas diversas sociedades, no cumprimento de várias tradições com origem cultural e recreativa. A máscara foi utilizada ao longo dos tempos por vários povos e com diversas finalidades. Tendo sido utilizada como elemento decorativo, o que aconteceu com as máscaras africanas de madeira que representavam deusas e génios e eram colocadas nas cerimónias no Alto Volta, na Guiné. E tiveram como função representar o rosto dos vencidos, também como a crença e da transfusão espiritual.
           Assumiu uma visão como sinal de guerra, praticada pelos Índios regulamentada numa actividade de um ritual mágico, ou procurando dar ao guerreiro um aspecto desumano e feroz para intimidar o adversário, mas podendo ter uma função protectora. Normalmente, esta função de protecção era contra o mal e era comum entre os povos, em torno das crenças das forças sobrenaturais, ou seja, a relação com o mundo oculto dos espíritos que através da magia permitia abrir a porta para o outro mundo.
           Mas também como resguardo, e neste caso a máscara é utilizada em profissões (a do apicultor) ou por desportos (o esgrimista), assim como pelos guerreiros para se protegerem.
           A máscara foi utilizada como acessório de festa, nomeadamente no Oriente em danças e procissões com intenção de se misturar o ritual e o divertimento. Muitas vezes, o dançarino encarnava um ou vários seres representando o tempo da criação.
          Surge também como elemento figurativo e isto notou-se no teatro grego, em que as máscaras gregas foram permitidas no palco e envergadas pelos actores que ressuscitavam os homens de outrora pela sua aparência espectral que a máscara confere a tais personagens vivas, desempenhando um papel dos antepassados, permitindo evitar a perigosa incorporação do morto vivo. As máscaras usadas no teatro chamavam-sepersonna, donde vem a palavra personagem para a figura representada.
          Em Veneza, no séc. XVIII, o uso da máscara tornou-se um hábito diário em homens, mulheres e crianças, ocultando o rosto com uma meia máscara que apenas cobria os olhos e o nariz. Foi precisa uma lei, a lei de Doge, para acabar com este hábito, porque a polícia tinha uma certa dificuldade em reconhecer os assassinos que constantemente matavam nas vielas da cidade. Os Venezianos passaram a usá-la durante o Carnaval que durava um mês e nas festas e jantares.
           A partir do séc. XIX, a máscara vai ser usada no palanques das feiras e era vista como disfarce e enfeite, pretendendo desmascarar o homem.
           Deste modo, o espírito de Carnaval surge como inversão dos usos sociais e que se começou a festejar em Roma nos dias 17 a 19 de Dezembro, chamadas de Saturnais, em que as pessoas se mascaravam e eram festas de um período de folguedos colectivos. Mas foi ainda na Idade Média que a máscara foi o princípio do Carnaval e com a Quarta –Feira de Cinzas assinalava o retorno à ordem.
          As máscaras mais célebres foram as máscaras funerárias egípcias de TOUTANKAMON, a de AGAMÉMNON trazida de Micenas, Mas as máscaras podem ser feitas em muitos materiais, tais como: cortiça, pasta de papel, folha de flandres, folha de alumínio, tecido, latas, caixas de cartão, fitas, materiais recuperados, etc..